Modinhas do Verão 2015: pau de selfie, sofrência, food truck, paleta e stand-up paddle na mochila



Durante um papo de boteco, em um mochilão desse verão, eu falava a respeito das modinhas que me deparei viajando... E debatendo, levantei uma ideia: e se a gente guardasse essas modinhas em uma cápsula do tempo e olhasse depois de um ano quais tendências vingaram ou evaporaram?

Pois bem, então vamos fingir que esse post é a tal cápsula do tempo. Vou listar aqui as modinhas desse Verão 2015, que encontrei percorrendo as praias por aí e daqui há um ano, a gente vê no que isso tudo deu.

A princípio, impossível não falar do pau de selfie. Aliás, a discussão sobre o nome já virou modinha, né? "É pau ou é bastão?". Ah, que medo é esse de piadas de duplo sentido e do politicamente incorreto?!

O pau ou bastão de selfie (tanto faz) é bem útil. Mas pra mim serve mais pra tirar fotos em grupo, porque quando estou sozinho, esticar o braço já me serve o bastante. A não ser no Cristo Redentor, onde tem dia que todo mundo se acotovela, e não há espaço nem pra esticar o braço. Mas eu acho que essa modinha dura.

Outra modinha é a sofrência. Peraí? Não sabe do que eu tô falando? Então em que raio de caverna você passou o fim de ano e o carnaval, que não ouviu Cristiano Araújo? Israel Novaes? Pablo do Arrocha? Pode ser que você odeie, mas Porque Homem Não Chora do Pablo bombou nos trios de Salvador, em blocos do Rio, no carnaval universitário em Ouro Preto (MG) ou Diamantina (MG)... E passando por São Paulo há pouco tempo, soube até de uma banda que fez uma versão metal. A banda é a Seven Seals of The Apocalypse:



Eu acho que a "sofrência" vingará, ou no mínimo vai ganhar umas variantes... Quem sabe vira "sofrência universitária" ou "sofrência ostentação"? Deve perdurar também no histórico do seu WhatsApp, com os vários vídeos repassados por aí sob a trilha sonora de Pablo, como esse:



Food Truck! Se você não gosta de modinhas, fica a sugestão pra dar o braço a torcer aos food trucks. Pra quem não conhece, a tendência é meio que uma repaginada naqueles antigos trailers de lanches, mas com um algo a mais, já que servem tanto lanches quanto comida gourmet, por um preço mais tranquilo.

Acho que vai perdurar pela forma que os food trucks tem se organizado, sobretudo com eventos, como o 1º Encontro Nacional de Food Trucks, que rolou durante o primeiro finds de fevereiro no Rio, com trucks de RJ, SP, BH e Brasília. Tem rolado um esforço também pra manter os food trucks regularizados, e pra quem tiver na vibe de montar um pesquise a Lei 15.947/2013 em SP, e a PL 808/2014 no RJ.



Da série modinhas que talvez não passem desse verão, minha aposta são as paletas mexicanas, que sinceramente, eu não sei se vieram pra disponibilizar uma sobremesa diferente, ou pra cobrar mais caro por um picolé.

Se você passar por Vitória (ES) ou Vila Velha (ES), vale mais experimentar um picolé ou sorvete da Ajellso, famosos na região e baratos. E eu sei também que já tem tanta gente comentando os altos preços das paletas, que acabou virando esquete do Porta dos Fundos, no vídeo "Sorvete".



Agora, minha dúvida se vai durar ou não é modinha do stand-up paddle (SUP), o surf a remo, porque é uma atividade bastante agradável e segura, pra quem tem dificuldade de se adaptar a outros esportes de prancha, como surfe, body board ou kitesurfe. Afinal, como a prancha é maior e mais fácil de equilibrar, basta subir e remar.

Minha previsão pro stand-up é que a modinha vai passar pros mais empolgados, mas fica pra aqueles apaixonados por esporte ou adeptos de aventura. Falando nisso, uma amiga de São Sebastião (SP) me disse que é fácil diferenciar quem é modinha dos verdadeiros praticantes de stand-up paddle: só os modinhas chamam o esporte de "stand-up paddle", pois os praticantes pra valer chamam apenas de "SUP"!
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