Corrida no meio do gelo do Polo Sul, pela Antarctic Ice Marathon

Esses dias, procurei no YouTube algumas maratonas extremas, e descobri a Antarctic Ice Marathon, uma corrida no meio de condições muito mais adversas que uma maratona normal. Se já seria difícil viajar até a Antártica pra não fazer nada, imagine então para correr?!



A distância de uma maratona é de 42 quilômetros, e já é um desafio. Entretanto, quem corre se alimenta do desejo de ultrapassar mais e mais obstáculos, a cada trajetória. Mesmo quem apenas dá umas voltas no calçadão de Ipanema ou no Parque Ibirapuera, no dia seguinte sempre rola uma vontade de se superar, e com um corredor profissional, essa vontade só poderia ser além dos limites e foi neste embalo, que a Polar Running Adventures criou a Antarctic Ice Marathon.




A promotora de esportes de ação trouxe a maratona no gelo dentro da onda das corridas de aventura, que buscam reproduzir vertentes variadas pra quem não quer se contentar com asfalto e prefere cumprir uma checklist de provas em diferentes cenários, habitats, países... Afinal, não seria má ideia fazer uma lista de países para correr, e depois sair deixando sua marca em um mapa-mundi através de maratonas.

Se ainda não rolou a ideia de cumprir um mapa-mundi com corridas, a Polar Running teve a iniciativa de permitir com que atletas alcancem a meta de completar uma maratona, ao menos, em cada um dos sete continentes do mundo. E desde 2006, muitos atletas e aventureiros profissionais com este viés se empolgaram, e todo ano só aumenta a quantidade de gente querendo se reunir e partir pra correr no gelo.




No caso da próxima edição, a Ice Marathon contará com a participação de quarenta atletas, de diversos países do mundo, que partem da América do Sul. Eles embarcam de avião em Punta Arenas, cidade portuária no Chile, até o Paralelo 80 S para competir em três categorias: maratona feminina, maratona masculina e uma ultramaratona de 100 km, essa sim pra quem ultrapassou todas as fronteiras que a modalidade consegue impor.



Dentro disso, um dos criadores da prova é um dos mestres em ultrapassar limites, e já se consagra como o maior vencedor: o irlandês Richard Donovan, que já ganhou três edições da corrida. É a conquista da Antártida diante de um gélido cenário, sob a temperatura de -15ºC e sensação térmica de -60ºC.

Atualização: soube dessa corrida dando um Google sobre Clayton Conservani, o maluco das aventuras extremas no Esporte Espetacular. Clayton esteve na maratona para edição de 2010, realizada entre os dias 15 e 16 de dezembro, e além de fazer bonito com a 5ª colocação, deu sorte pro atleta carioca Bernardo Fonseca, que participava da maratona desde 2007. No primeiro ano que foi pra ultramaratona, Bernardo se tornou o primeiro brasileiro a vencer a prova, com o tempo de 12 horas, 41 minutos e 52 segundos.

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