Lonnie Bissonnette: BASE jumper paraplégico salta de cadeira de rodas da Ponte Aizhai na China

Lonnie Bissonnette traz em sua bagagem uma daquelas histórias de superação que inspiram qualquer pessoa. O atleta canadense de 48 anos é o primeiro e único BASE jumper paraplégico do mundo. Em 2004, ficou gravemente ferido depois de um acidente onde as linhas de seu paraquedas enrolaram e impediram o artefato de ser aberto no momento do salto, consequentemente quebrando vários ossos de seu corpo e perdendo o movimento das pernas, em função de uma lesão na medula espinhal. Ainda que a sequela obrigasse seu médico a vetá-lo de saltar novamente em qualquer circunstância, doze meses depois ele estava diante dos pontos mais altos para saltar.



"BASE jumping me traz uma sensação incrível, que eu não consigo abandonar... Eu não deixei o estado de paralisia me parar por nenhum momento. A primeira coisa que eu perguntei depois de acordar do acidente foi 'quanto tempo vou ter que esperar até que eu possa voltar a saltar?'", destacou o parquedista, conforme relatado pelo jornal britânico Daily Mail.

Sempre atrás de um desafio maior para quebrar todos os limites e apontado como um dos atletas de aventura mais promissores do mundo, o BASE jumper do Canadá também é o único paraplégico a ter pulado dos quatro pontos principais de sua modalidade: B = building (prédio), A = antenna (antena), S = span (ponte) e E = earth (terra).



Em um de seus saltos mais insólitos, Lonnie encarou a Aizhai Bridge, ponte suspensa situada em uma autoestrada da cidade de Jishou, na província de Hunan, sudeste da China. Com 350 metros de altura, a elevação traz dados bem significantes para estabelecer o feito do atleta como uma grande façanha: a Aizhai é a sexta maior ponte do mundo, a 15ª maior ponte suspensa do mundo, além da mais alta e mais longa de túnel a túnel, sob extensão de 1.146 metros. Confira o salto no vídeo gravado em setembro de 2013:



Por sua experiência, Lonnie foi convidado a abrir o evento em Jishou, que reuniu cerca quarenta BASE jumpers de treze países diferentes, atraindo milhares de espectadores. O BASE jumper canadense já cruzou diversos países mundo afora por conta do esporte, dos EUA, passando pela Noruega até a Malásia, e ao ser perguntado se teme pelo perigo que os saltos oferecem, sobretudo após seu acidente, ele afirma que: "Eu sei dos riscos e ainda continuo, pois é a minha paixão, BASE jumping é uma das coisas mais incríveis que um ser humano pode experimentar".
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